A grande maioria dos casos representa apenas um achado fisiológico incidental que se resolve espontaneamente, ou pode ser uma suspeita de obstrução patológica.
A pielectasia fetal (termo técnico para dilatação da pelves renal) pode ser um achado relativamente comum em ultrassonografias pré-natais, muitas vezes detectadas no exame de rotina da morfologia do segundo trimestre. Existe uma predileção masculina reconhecida. A prevalência estimada é de 2% dos exames rotineiros de segundo trimestre.
Quando não resolvidas fisiológicamente, deve-se suspeitar das seguintes patologias:
Obstrução em algum ponto anatômico das vias urinárias seja por valva de urteter posterior, ou refluxo vesicouretral, ou duplicação renal. Não há associações com trissomias e não se considera que essa alteração isolada aumente o risco de aneuploidias.
A hiperhidratação materna também pode causar dilatação renal fisiológica.
A grande maioria dos casos (96%) com pielectasia leve no segundo trimestre se resolvem durante a gravidez ou no período pós-parto. Caso haja um aumento do grau de dilatação pélvica na progressão do útero, ou envolvimento bilateral, a avaliação ultrassonográfica pós-natal é recomendada.